segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Clássicos da Arquitetura: Rodoviária de Jaú / Vilanova Artigas | ArchDaily

Clássicos da Arquitetura: Rodoviária de Jaú / Vilanova Artigas

Os pilares são quadrados. Medem oitenta e cinco centímetros de lado. Estão dispostos sob uma retícula de dez por dezessete metros: dezoito pilares em três linhas de seis. Sobre eles, uma laje retangular em caixão perdido de cinquenta por cinquenta e oito metros, e um metro e meio de altura, configura a cobertura do edifício.
Sobre cada pilar, a laje desfaz-se numa abertura circular de quatro metros de diâmetro no nível superior e seis metros no nível inferior. O pilar segue a abertura, gira quarenta e cinco graus e se desabrocha em quatro componentes curvos. Cada vértice transforma-se num componente, dividindo cada face ao meio e mantendo a ortogonalidade da retícula. Orientam a curvatura, alinhando-se em concordância com o nível inferior da laje.
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© Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
As arestas que dividem as faces ao meio a partir de um metro e vinte centímetros do piso também se alinham ao nível inferior da laje, de tal modo que os dois planos que configuram a porção inferior dos componentes curvos partem desde o nível do piso unidos por um ângulo reto e chegam ao nível inferior da laje alinhados por um ângulo raso, ou seja, transformam-se em um só segmento de reta de cinquenta centímetros.
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© Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
A face superior dos componentes curvos derivados dos pilares quadrados alinham-se em concordância ao nível superior da laje. Apresentam nesse ponto de contato também cinquenta centímetros, que vão diminuindo ao longo da curva descendente através das duas arestas que configuram a face até se encontrarem num ponto ao centro do quadrado original. Dito ao contrário: do ponto central do pilar, a dois metros de altura do piso, partem oito arestas curvas que configuram as quatro faces superiores dos componentes.
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© Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
O edifício aproveita o acentuado declive topográfico. Dele surgem os cinco níveis principais construídos à meia altura entre eles e conectados por rampas. As três fileiras de seis pilares criam dois vazios transversais no edifício. Um deles dá lugar as rampas que conectam os pavimentos. O outro é por onde entram os ônibus e lugar dos embarques e desembarques.
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© Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
Os acessos principais ao edifício estão por seus dois lados opostos mais extensos, através das vias que passam pela cota mais alta e pela mais baixa do terreno. Outros dois acessos secundários estão nas laterais do edifício, paralelos à via de acesso dos ônibus, através de uma rampa que surge do passeio público e leva a um nível intermediário do edifício.
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© Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
Assim como várias obras modernas brasileiras, a Rodoviária de Jaú é apenas uma coberta e um conjunto de pilares.
Architects: Vilanova Artigas
Location: Jaú, São Paulo, Brasil
Project Year: 1973
Photographs: Flickr gabriel.sepe, Arquitetura Brutalista, FAU-Mackenzie
Cita:Igor Fracalossi. "Clássicos da Arquitetura: Rodoviária de Jaú / Vilanova Artigas" 11 Aug 2013. ArchDaily. Accessed 12 Ago 2013. <http://www.archdaily.com.br/br/01-133553/classicos-da-arquitetura-rodoviaria-de-jau-vilanova-artigas>

domingo, 4 de agosto de 2013

Novas estimativas da ONU para a população mundial em 2100 | ArchDaily

Novas estimativas da ONU para a população mundial em 2100

Recentemente, as Nações Unidas emitiram um informe no qual contam os países que terão crescimento demográfico considerável durante o século XXI. As estimativas distinguem países desenvolvidos e os em desenvolvimento.  Segundo dados da ONU, 60% da população mundial habitará os centros urbanos em 2030, enquanto em 2050 serão 70%.
Contudo, estes dados correspondem às estimativas de 2011, diferentes das mais recentes.
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Fed Square, Austrália
Em 2011 a ONU calculou que em 2100 haveria 10 bilhões de pessoas. Em seu último informe “Perspectivas da População Mundial”, divulgou uma aumento de 8% na cifra, ou seja, de 800 milhões de pessoas, alcançando algo próximo a 11 bilhões de habitantes.
Atualmente a organização estima que existem 7,2 bilhões de pessoas e que este número será de 8,2 bilhões em 2025 e de 9,6 bilhões em 2050, 300 milhões a mais que o estimado em 2010.
Outra consideração é a respeito do envelhecimento da população, com perspectivas de aumento das expectativas de vida. Dessa forma, entre 2045 e 2050 as pessoas viveriam em média 76 anos. No final do século, entre 2095 e 2100, a população de países em desenvolvimento chegaria em média aos 81 anos, enquanto nos desenvolvidos alcançariam 89 anos.
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Nigéria
De acordo com a Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos da ONU, este incremento se explicaria em parte pelo grande aumento da taxa de natalidade na África, contrariamente aos prognósticos anteriores. Desta forma, se atualmente vivem um bilhão de pessoas no continente, espera-se que em 2100 sejam 4,2 bilhões habitantes. Nos países onde ocorrerá este crescimento – Etiópia, Nigéria, Níger e Uganda – prevê-se que cada mulher tenha por volta de cinco filhos.
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Croácia
Na Europa sucederá o fenômeno inverso. O estudo diz que a população europeia diminuirá 14%, o que seria mais sensível na Bulgária, Croácia, Letônia, Lituânia, Romênia e Sérvia. Entretanto, essa situação não se restringirá à Europa. Brasil, Indonésia, Irã e África do Sul também se incluiriam neste panorama, devido à baixa média de filhos por mulher.
O país com maior população hoje é a China, mas segundo os dados do informe, a Índia alcançará a nação em 2028, ano em que ambos países teriam, em média, 1, 45 bilhões de habitantes. Posteriormente, seguiria crescendo, mas as políticas de natalidade chinesas fariam diminuir lentamente estes valores.
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Cidade do México
Entre os cálculos, a organização também divulgou as cifras correspondentes ao México, estimando que a população chegue aos 138 milhões em 2025, 156 milhões em 2050 e abaixe para 139 milhões em 2100.
Com estes dados, podem-se delinear as maneiras de enfrentar da melhor forma este crescimento demográfico, elaborando políticas públicas que assegurem uma boa qualidade de vida aos seus habitantes e condições sociais favoráveis. Ainda assim, é necessário criar consciência sobre o uso atual dos recursos naturais e adotar mecanismos de acordo com a capacidade ambiental do planeta para que este não chegue a um ponto irreversível de deterioração.
Por Constanza Martínez Gaete, via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
Cita:Romullo Baratto. "Novas estimativas da ONU para a população mundial em 2100" 03 Aug 2013. ArchDaily. Accessed 4 Ago 2013. <http://www.archdaily.com.br/br/01-131885/novas-estimativas-da-onu-para-a-populacao-mundial-em-2100>

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Brasil Mundo Chile México Sobre Contato Enviar Publicidade Inscreva-se ao nosso newsletter ArchDaily - Home Notícias Início Notícias Artigos Concursos Eventos Entrevista Projetos Clássicos Produtos 6078 POSTS 1475 comentários Btn_icn_search Feliz Aniversário Eduardo Souto de Moura! 25Jul2013 por Gili Merin Traduzido por Romullo Baratto Notícias Notícias de Arquitetura Eduardo Souto de Moura Portugal Porto 0 Share on email Eduardo Souto de Moura, 2011 Pritzker laureate, in front of the Casa das Histórias Paula Rego. Photo by Francisco Nogueira. Eduardo Souto de Moura, 2011 Pritzker laureate, in front of the Casa das Histórias Paula Rego. Photo by Francisco Nogueira. Hoje, 25 de julho, Eduardo Souto de Moura comemora 61 anos. Com mais de 60 edifícios construídos em todo o mundo, Souto de Moura é conhecido pelo seu consciente uso das cores e materiais. Embora seja frequentemente descrito como um arquiteto "messiânico", de Moura interpreta originalmente, e de acordo com o local, o estilo moderno de Mies van Der Rohe. Nascido em Porto, Souto de Moura frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, onde estudou escultura, e posteriormente se transferiu para arquitetura na Universidade do Porto - uma decisão tomada após um encontro com o artista Donald Judd. Quando ainda era estudante, Souto de Moura estagiou no escritório de Álvaro Siza, onde continuou a trabalhar por mais cinco anos, até abrir seu próprio escritório em 1980, um conselho de Siza. Embora seu primeiro grande projeto tenha sido o Centro Cultural do Porto, o início de sua carreira inclui principalmente casas para clientes privados. Mais tarde, Souto de Moura começou a ser contratado para projetar edifícios públicos maiores, como o Estádio Municipal de Braga (2004), a Torre Burdo (2007) e a Casa das Histórias Paula Rego (2008) Em 2011 foi laureado com o Prêmio Pritzker; o júri o elogiou pela sua "capacidade única de abraçar a realidade através do uso da abstração", ressaltando que a linguagem arquitetônica de Souto de Moura "transforma o físico em metafísico." Confira mais projetos de Eduardo Souto de Moura publicados no Archdaily Brasil. Bienal de Veneza de 2012 Complexo La Pallaresa Pavilhão Temporário no Ibirapuera Estação de Metrô da Casa da Música Hotel & Catering School Cita:Merin, Gili. "Feliz Aniversário Eduardo Souto de Moura!" [Happy Birthday Eduardo Souto de Moura!] 25 Jul 2013. ArchDaily. (Baratto, Romullo Trans.) Accessed 26 Jul 2013. Feliz Aniversário Eduardo Souto de Moura! | ArchDaily

Feliz Aniversário Eduardo Souto de Moura!

Hoje, 25 de julho, Eduardo Souto de Moura comemora 61 anos. Com mais de 60 edifícios construídos em todo o mundo, Souto de Moura é conhecido pelo seu consciente uso das cores e materiais. Embora seja frequentemente descrito como um arquiteto "messiânico", de Moura interpreta originalmente, e de acordo com o local, o estilo moderno de Mies van Der Rohe.
Nascido em Porto, Souto de Moura frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, onde estudou escultura, e posteriormente se transferiu para arquitetura na Universidade do Porto -  uma decisão tomada após um encontro com o artista Donald Judd. Quando ainda era estudante, Souto de Moura estagiou no escritório de Álvaro Siza, onde continuou a trabalhar por mais cinco anos, até abrir seu próprio escritório em 1980, um conselho de Siza. Embora seu primeiro grande projeto tenha sido o Centro Cultural do Porto, o início de sua carreira inclui principalmente casas para clientes privados. Mais tarde, Souto de Moura começou a ser contratado para projetar edifícios públicos maiores, como o Estádio Municipal de Braga (2004), a Torre Burdo (2007) e a Casa das Histórias Paula Rego (2008)
Em 2011 foi laureado com o Prêmio Pritzker; o júri o elogiou pela sua "capacidade única de abraçar a realidade através do uso da abstração", ressaltando que a linguagem arquitetônica de Souto de Moura "transforma o físico em metafísico." Confira mais projetos de Eduardo Souto de Moura publicados no Archdaily Brasil.
Bienal de Veneza de 2012
Complexo La Pallaresa
Pavilhão Temporário no Ibirapuera
Estação de Metrô da Casa da Música
Hotel & Catering School






Cita:Merin, Gili. "Feliz Aniversário Eduardo Souto de Moura!" [Happy Birthday Eduardo Souto de Moura!] 25 Jul 2013. ArchDaily. (Baratto, Romullo Trans.) Accessed 26 Jul 2013. <http://www.archdaily.com.br/br/01-130287/feliz-aniversario-eduardo-souto-de-moura>

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Clássicos da Arquitetura: Casa Dymaxion 4D / Buckminster Fuller | ArchDaily

Clássicos da Arquitetura: Casa Dymaxion 4D / Buckminster Fuller

Um pilar hexagonal central sustenta toda a casa. O nível térreo é livre: um piso circular configura um patio aberto e coberto. A casa desenvolve-se no segundo piso como uma expansão da forma do pilar hexagonal. Surgem ambientes trapezoidais e romboidais. Toda a configuração do edifício surge de um módulo de triângulo equilátero.
O material escolhido para concretizar o projeto foi o alumínio. Leveza física e visual, aptidão à reciclagem, eficiência de montagem são as características que levaram a essa decisão.
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via www.trumanlibrary.org
O pilar hexagonal central não é apenas o núcleo de sustentação física do edifício. Suas funções são múltiplas: elevador de acesso ao nível superior, caixa d'água, iluminação indireta através de refletores, renovador e climatizador de ar, núcleo de instalações.
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Bucky and the Dymaxion © Bettmann/Corbis via britannica.com
A casa desenvolve-se em piso elevado, mais um terraço superior protegido por uma coberta independente. O nível principal é acessado através de dois átrios hexagonais opostos. O elevador leva simultaneamente a ambos. Pode-se entrar por um ou por outro. Ambos levam à sala de estar. Um deles levam também à cozinha, chamada sala de utilidades, e a um quarto. O outro leva também à biblioteca e ao quarto principal.
Os ambientes configuram-se a partir dos triângulos equiláteros formados pelas linhas que conectam as arestas ao centro do hexágono. Quartos, biblioteca e cozinha configuram-se a partir de um triângulo. A sala de estar, a partir de dois. Pela existência do núcleo hexagonal central, todos os ambientes são trapezoidais ou romboidais.
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model via scene.org
Na sua parte superior, o pilar hexagonal recebe uma estrutura cônica revestida por uma tela translúcida de nicromo. No seu topo localiza-se o mastro de onde partem os seis tensores de aço que sustentam as extremidades do edifício, e outros seis tensores menores que contribuem para a sustentação da coberta superior.
Os tensores se dirigem a uma viga perimetral hexagonal formada por tubos de alumínio, que se afasta do perímetro dos ambientes interiores da casa. Está alinhada com o nível do terraço superior. Dela partem outros tensores de aço que sustentam outra viga hexagonal alinhada com o nível do piso principal da casa. Dessas vigas partem outros tensores que contribuem com a sustentação das lajes do edifício, também sustentada pelo pilar central.
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© The Estate of R. Buckminster Fuller, via myipamm.net
"Este é o princípio Dymaxion de fazer muito mais com muito menos peso, tempo, ergs por cada nível dado de performance funcional. Com uma taxa média de reciclagem de 22 anos para todos os metais, e com melhorias comparáveis de projeto em performance por libra, a efemerização significa que mais pessoas estão sendo servidas com ainda maiores padrões com os mesmos antigos materiais."
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© The Estate of R. Buckminster Fuller, via rhonalpes-tourism.com

Arquiteto: Buckminster Fuller
área: 100 m²
Ano: 1920
[1] R. Buckminster Fuller, Synergetics, Explorations in the Geometry of Thinking.
Cita:Merin, Gili. "Clássicos da Arquitetura: Casa Dymaxion 4D / Buckminster Fuller" [AD Classics: The Dymaxion House / Buckminster Fuller] 24 Jul 2013. ArchDaily. (Fracalossi, Igor Trans.) Accessed 25 Jul 2013. <http://www.archdaily.com.br/br/01-130267/classicos-da-arquitetura-casa-dymaxion-4d-buckminster-fuller>