quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Clássicos da Arquitetura: Frederick C. Robie House / Frank Lloyd Wright | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Frederick C. Robie House / Frank Lloyd Wright

Uma composição de espaços públicos e privados distancia discretamente a casa da rua, sob uma série de planos horizontais. Ao criar esta sobreposição de planos, o espaço interior se expande ao exterior, ao mesmo tempo em que cria certo enclausuramento. Um enorme balanço sobre a varanda se estende três metros de seu ponto estrutural mais próximo.
© flickr alykat_1
Corte
A entrada da residência não é claramente definida. Uma lareira separa a sala de estar da sala de jantar, que é aberta para a sala de bilhar e de jogos acima. O programa inclui uma sala de estar, cozinha, quatro dormitórios e ala de serviço.
© homas A. Heinz CORBIS
Planta 2° pavimento
Os dormitórios são determinados através de um grid modular ordenado pelo montante das aberturas. O projeto apresenta janelas fora do padrão, janelas compostas por peças de vidro transparentes e coloridos, geralmente com representações da natureza.  Esse tipo de estratégia permite iluminação e privacidade. São 174 janelas de vidro feitas de chapas de vidro polido, vidro catedral e juntas de zinco banhadas em cobre. Os beirais nas fachadas leste e oeste, juntamente com o teto baixo, enfatizam o eixo da casa e as vistas voltadas ao exterior.
© Columbia University
Os balanços foram calculados de acordo com os ângulos do sol. No verão, o sol do meio-dia atinge apenas o fundo de toda a fachada. Já nos meses de primavera e outono, a luz entra e aquece a residência.
© flickr pov_steve
Toda a casa é revestida em tijolo romano, e apenas a sacada em balanço tem vigas de aço para apoio estrutural. Linhas horizontais, extensos beirais, um interior acolhedor com o mobiliário desenhado pelo arquiteto, equilíbrio entre os espaços públicos e privados.
© flickr mach3

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Frank Lloyd Wright
  • Ano: 1910
  • Área construída: 1.214 m²
  • Endereço: 5757 S Woodlawn Ave, Chicago, Illinois Chicago United States of America
  • Tipo de projeto: Residencial
  • Status: Construído
  • Materialidade: Tijolo e Concreto
  • Estrutura: Concreto e Aço
  • Localização: 5757 S Woodlawn Ave, Chicago, Illinois, Chicago, United States of America
  • Implantação no terreno: Isolado

Localização aproximada

Clássicos da Arquitetura: Frederick C. Robie House / Frank Lloyd Wright

5757 S Woodlawn Ave, Chicago, Illinois, Chicago, United States of America
Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Frederick C. Robie House / Frank Lloyd Wright" 30 Jan 2013. ArchDaily. Accessed 31 Jan 2013. <http://www.archdaily.com.br/94257>

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Perfil pouco conhecido do suíço Le Corbusier é tema de exposição - ARCOWEB


Perfil pouco conhecido do suíço Le Corbusier é tema de exposição





A pouco conhecida obra de Le Corbusier como desenhista e artista plástico é um dos temas de uma exposição em cartaz desde 19 de janeiro no Moderna Museet, o Museu de Arte Moderna de Estocolmo.

Denominada "Moment – Le Corbusier’s Secret Laboratory", a mostra reúne esculturas, pinturas e desenhos, entre outros objetos que mostram o olhar do arquiteto suíço sobre a poética das formas, suas técnicas de criação e seu tempo.



A exposição está organizada em quatro seções: desenhos e projetos de casas (1920), redescobrimento do valor vernacular (1930), síntese das artes (1945), e reminiscências dos últimos trabalhos e estudos.

"Seguimos interessados por Le Corbusier porque ele é uma figura sedutora na história da arquitetura, por sua capacidade de invenção e por sua reivindicação pela liberdade. Mas também porque o corbusianismo é uma linguagem mal-imitada, com a qual seguimos convivendo", esclarece Jean-Louis Cohen, curador da mostra.



Em cartaz até 18 de abril, a exposição apresenta ainda o plano urbanístico de Corbusier para Estocolmo (1933), além de 200 obras como maquetes, perspectivas, retratos, móveis, e, claro, seus desenhos, pinturas e esculturas.

Conheça a Fundação Corbusier: www.fondationlecorbusier.fr

Veja o site do Moderna Museet: www.modernamuseet.se








Com papel e cola, arquiteta reproduz paisagens urbanas consagradas - ARCOWEB


Com papel e cola, arquiteta reproduz paisagens urbanas consagradas




De Miami ao Taj Mahal, passando por Nova York, Florença ou Veneza – não há limites para a habilidade da artista Christina Lihan em criar, somente com papel branco e cola, versões tridimensionais de famosas paisagens urbanas.

Arquiteta por formação, a norte-americana explora a versatilidade desses simples materiais ao produzir, com detalhes ultrarrealistas, as pontes, marcos e edifícios que definem essas icônicas cidades.



A técnica de Christina começa com um esboço, a lápis, sobre o papel. A partir daí, ela recorta o molde e o utiliza em diferentes sobreposições que resultam na extensão desejada.

A partir daí, reúne os elementos, trabalha sobre eles com um estilete, e conclui as obras, que chegam a ter 15 centímetros de profundidade e até dois metros de largura ou altura.













Veja o trabalho da artista e arquiteta: www.lihanstudio.com

Menil Collection de Renzo Piano selecionada para receber o prêmio de 25 anos da AIA | ArchDaily Brasil

Menil Collection de Renzo Piano selecionada para receber o prêmio de 25 anos da AIA

A Menil Collection de Houston, projetada pelo arquiteto Renzo Piano, foi selecionada para o Prêmio dos 25 anos da AIA, 2013. Reconhecendo o desenho arquitetônico de importância no tempo, o Prêmio dos 25 Anos é dado ao edifício que tem resistido à prova dos 25 a 35 anos, materializando-se como uma excelência arquitetônica. Os projetos devem demonstrar excelência em sua função, na execução de seu programa original e nos aspectos criativos sob padrões de hoje. O prêmio será apresentado em junho deste ano na Convenção Nacional da AIA em Denver.
Mais sobre a Menil Collection a seguir.

© Hickey and Robertson
Em 1981, Dominique de Menil, presidente da Menil Foundation, decidiu construir um museu em Houston para uma das coleções mais importantes do mundo de Arte Africana e Arte Moderna Surrealista. Sua exigência principal era que todas as obras pudessem ser vistas com luz natural e que a iluminação fosse tratada de tal maneira que os visitantes notassem suas variações contínuas ao longo do dia, estação do ano e clima local. Ela também queria um museu que parecesse “grande por dentro e pequeno por fora”. Um espaço que promovesse uma relação direta e tranquila entre o visitante e a obra de arte, o que resulta em um ambiente não-monumental e doméstico: que estivesse por completo em contato com a natureza. Para atingir este último objetivo, decidiu-se situar o edifício nas áreas verdes de um bairro residencial que incluía uma série de residências pré-existentes utilizadas para atividades que complementariam as do museu, resultando em uma ambiência como a de uma “aldeia de museus”.A integração do museu com seu entorno de edificações menores foi solucionada na articulação dos volumes mais baixos e revestindo as paredes externas com madeira, utilizando a técnica de “balloon frame”, muito comum nos EUA.
© Paul Hester
A iluminação natural dos espaços de exposição é que dá ao edifício o seu caráter. Esta decisão implicava um risco importante: a luz solar direta, de fato, seria prejudicial para as próprias obras de arte. O objetivo era proporcionar uma difusão de luz dentro das salas de exposição, sem perder o sentido das condições climáticas externas. Por esta razão, uma “máquina solar” especial foi construída para avaliar o comportamento da luz nas diversas latitudes, a mecânica das refrações múltiplas e a proteção que oferecem contra os raios ultravioletas. Esta avaliação teve como resultado a definição de um elemento estrutural básico, a denominada “folha” feita de 25 mm de espessura em ferro-cimento. Tendo sido reproduzidas 300 vezes, estas folhas servem como uma plataforma que cobre o edifício e atua como um filtro de luz e um escudo de calor. Estes elementos, que também são um componente integral das próprias vigas, evitam que a luz direta do sol chegue às obras de arte, enquanto que ao mesmo tempo melhoram as obras proporcionando iluminação natural baseando-se nas condições climáticas exteriores.
© Hickey and Robertson
O museu está dividido em duas áreas distintas. As salas de exposições se encontram no térreo, onde cerca de 200 obras são exibidas ao redor de uma coluna vertebral longitudinal, ou melhor, um “passeio central” de 150 metros comprimento. No piso superior, por outro lado, estão as coleções valiosas do museu, em espaços particularmente bem adaptados para o trabalho de estudantes. No caso do Museu Menil, verificou-se que era impossível expor as mais de 10.000 peças da coleção ao mesmo tempo, sobretudo para assegurar sua adequada conservação caso se mantivessem constantemente exibidas. Isto levou à criação da “casa do tesouro”, situada no piso superior do museu, onde as obras de arte são armazenadas de forma segura sob condições climáticas ideais. As obras são exibidas em rotatividade: aquelas exibidas regularmente voltam à “casa do tesouro” e uma nova série de obras são trazidas para baixo para a “casa das pessoas”. Em 1992, Dominique de Menil mais uma vez recorreu a Renzo Piano para a criação de uma exposição permanente dedicada à obra de um dos seus artistas favoritos, Cy Twombly. Assim surgiu o Pavilhão Twombly, que hoje em dia também pode ser encontrado na “aldeia do mudeu”
© RPBW
via AIA.
Citar: Helm , Joanna . "Menil Collection de Renzo Piano selecionada para receber o prêmio de 25 anos da AIA" 29 Jan 2013. ArchDaily. Accessed 30 Jan 2013. <http://www.archdaily.com.br/94170>