terça-feira, 30 de abril de 2013

Como um Pritzker é escolhido? Explicação de Alejandro Aravena | ArchDaily Brasil


Notícias


Como um Pritzker é escolhido? Explicação de Alejandro Aravena

O site de arquitetura argentino ARQ Clarín publicou uma interessante entrevista feita com o arquiteto Alejando Aravena focada em seu papel como jurado do Pritzker.
O Pritzker é a premiação mais importante reconhecida pelos arquitetos de todo o mundo desde seu início em 1979. O processo de eleição deste prêmio não é muito conhecido, no entanto, o arquiteto chileno, Alejandro Aravena nos entrega um panorama geral bastante claro que destaca alguns dos valores e dados considerados para esta eleição. Além disso, expõe a dedicação e o tempo que significa realizar uma tarefa desta magnitude.
Confira a entrevista na continuação.

Qual é o trabalho de um jurado do Pritzker?
Não exagero se dizer que é quase um trabalho de tempo integral, ao menos mentalmente, pois devo admitir que nunca havia experimentado um nível de discussão tão elevado como o que deve existir entre os debates do júri. É uma tarefa que obriga a pensar e argumentar ao limite da capacidade sobre um corpo de obra; tudo se maneja num nível que já não se discute se as obras são boas ou ruins, porque é tida como exata a excelência de itens como a materialidade ou a proporção. Se não fosse assim, não seriam candidatos. É como uma final dos 100 metros rasos, na qual já sabemos que todos chegaram até ali pois já possuem um nível superlativo, e então, trata-se de ver quem pode sacar alguns décimos de segundo de vantagem que fazem a diferença. Por exemplo, se as obras vão ter a capacidade de gerar uma melhoria em seu entorno, se irão se transformar numa referência. Ou avaliar o caráter de uma obra em seu conjunto, além de cada edifício pontualmente.
Há algum tipo de critério objetivo para definir isso, ou é apenas a subjetividade ou gosto pessoal de cada jurado?
Bem, parte da tarefa consiste em viajar e ver obras, não somente dos candidatos atuais, mas também dos já premiados, outros arquitetos consagrados e obras mais antigas, para poder comparar a qualidade do que foi projetado no passado com as obras que estão sendo avaliadas na atualidade. Por exemplo, uma das últimas tarefas foi visitar o Parlamento de Bangladesh em Dhaka, de Louis Kahn. A ideia é avaliar se o corpo da obra que vamos premiar agora suporta esta comparação, se as obras podem ser equiparadas ou chegam ao menos a um nível parecido. Para isso, temos que saber se essas obras vão resistir com o passar do tempo, imaginá-las dentro de dois ou três séculos. Pode-se dizer que é o oposto de premiar o edifício do ano.
Por que nos últimos anos foram premiados, em geral, arquitetos fora do que poderíamos considerar a elite mundial?
Isso é algo que se comenta muito, mas, na minha percepção, (Peter) Zumthor, (o estúdio) SANAA e (Eduardo) Souto de Moura eram bem conhecidos e estavam no lote de candidatos que passam de ano a ano. O único pouco conhecido é Wang Shu, que fez uma quantidade notável de obras em pouquíssimo tempo.  Souto de Moura o conheço desde que era estudante, na década de 80. Era a época da ditadura no Chile, tínhamos pouquíssimas informações sobre o que acontecia no exterior, e além disso era uma época muito medíocre da arquitetura mundial com o auge do Pós-Modernismo, a arquitetura auto-referencial, um tempo de obras e discursos somente para arquitetos. Então, alguns professores nos falavam do que faziam nesta época alguns arquitetos portugueses como ele, que tinha 30 anos e já criava obras extraordinárias, como o Mercado de Braga. Era de igual relevância Zumthor, a quem escolhemos no meu primeiro ano como jurado, e que se caracteriza por suas soluções racionais, acessíveis e a um baixo orçamento, e que por isso tem uma grande capacidade de interessar aos colegas de países periféricos, ou que trabalham em um contexto de escassez.
Fatores alheios aos méritos do candidato, como a vontade de incentivar a arquitetura emergente ou exibição do “politicamente correto”, influenciam na escolha?
Não, não existe uma agenda e jamais se busca equilibrar os prêmios. Não importa a ninguém no júri de qual continente ou hemisfério foram os últimos ganhadores, se foi negro ou WASP (branco anglo-saxão protestante), homem ou mulher, e menos ainda as sugestões externas. Os únicos fatores externos que podem ser filtrados fora dos méritos da obra são os que impõem a realidade, o mundo, a sociedade, os problemas da habitação ou da ecologia, a desigualdade social ou as alterações climáticas. Nisso é importante o aporte dos jurados que não são arquitetos, pois nos faz “descentrar” um pouco, nos coloca no lugar daquele que julga nosso trabalho desde outro lugar. Palumbo fala em representação dos clientes, e tem um juiz da corte suprema dos Estados Unidos, Stephen Breyer, cuja função é colocar em debate temas que preocupam à sociedade.
O que você pode dizer sobre a escolha de Toyo Ito neste ano?
É absolutamente justa. Cada um de seus projetos é diametralmente distinto ao anterior, ao contrário destes arquitetos que encontram uma fórmula, um estilo, e o repetem. Isto fala muito bem dele, porque significa que sempre volta a arriscar, é capaz de se questionar cada vez qual é a forma adequada de abordar um projeto. Além disso, suas obras são complexas nos aspectos formais e tecnológicos, quero dizer que não são para nada minimalistas, ao mesmo tempo que irradiam calma e naturalidade. Não são auto-celebrativas, não exibem o difícil de sua resolução como um mérito, não competem em quantidade de movimentos como se fosse uma competição de saltos ornamentais, mas que fazem fácil o difícil, como os golpes de Roger Federer. Mas não se esforçam para ser assépticas, nem em mostrar uma neutralidade artificial. Suas obras permitem que a vida ocupe o centro, e não o edifício.
Qual é a sua preferida?
Que pergunta difícil. Gosto muito do Crematório de Kakamigahara, com sua casca de concreto, onde é possível apreciar tudo o que eu dizia. Ou a Biblioteca em Tama, com seus arcos de concreto, uma obra que parece ao mesmo tempo próxima e inédita, que pode provocar um deja vú, mas também aponta para um novo caminho.
Existe algum motivo pelo qual ainda não premiaram Daniel Libeskind ou Peter Eisenman?
(Risos) Isso é o segredo mais difícil de manter. Não posso falar nada, pois poderia dar pistas de quem pode ser ou não o premiado no ano que vem. Não posso falar sobre essas questões nem mesmo com a minha esposa, não é fácil ser um jurado do Pritzker.
Citar: Delaqua , Victor . "Como um Pritzker é escolhido? Explicação de Alejandro Aravena" 29 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 30 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/111294>

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Perspectivas sobre Hong Kong: Entre longas tradições e contrastes extremos | ArchDaily Brasil


Perspectivas sobre Hong Kong: Entre longas tradições e contrastes extremos

Por Dr. Arq. Guillermo Tella, Doutor em Urbanismo e Martín M. Muñoz, Doutorando de Urbanismo. Tradução ArchDaily Brasil.
Hong Kong é uma das regiões mais densas do planeta e a cidade mais influente do sudeste asiático. É um território de longas tradições e contrastes extremos. Foi colônia até 1997, quando o território foi transferido da soberania britânica para a China ao fim do tratado de arrendamento firmado por 99 anos com a Grã Bretanha em 1898.

Imagem via plataformaurbana.cl
Atualmente é uma Região Administrativa Especial dentro da República Popular da China segundo o princípio “Um país, Dois sistemas”, que a permite manter um sistema econômico capitalista sob a tutela de um país de ideologia oficialmente comunista. Além do sistema econômico, a região especial conta com um sistema administrativo e judicial independente, assim como seu próprio sistema de aduanas e fronteiras externas.
A cidade se destaca urbanisticamente por sua ostentosa volumetria e altura que permite alcançar altos índices de densidade populacional e de edifícios. Na ilha de Hong Kong, a distância média entre o porto e as íngremes colinas é de apenas 1,3 quilômetros, e uma grande porção da superfície insular são o resultado de uma série de aterros marítimos. Além disso, 40 % do território é reservado a parques e reservas naturais.
85% do crescimento populacional se concentraram nos distritos dos novos territórios. É precisamente ali que a expansão urbana se desenvolveu, dando prioridade a projetos de construção de cidades satélites que têm sido progressivamente incorporadas à legislação de planejamento local.
Tal legislação inclui alguns instrumentos: as Áreas de Permissão de Desenvolvimento para Zonas Rurais. Como conceito estratégico, ali são designados os eixos de desenvolvimento para a cidade – diretrizes que a estruturam e a vinculam regionalmente – que localizam as áreas de expansão através do sistema de cidades satélites determinadas no planejamento do distrito.
Imagem via plataformaurbana.cl
Estratégias para guiar o desenvolvimento futuro
Hong Kong conta atualmente com 8 mil edifícios. Deste total, 82% são edifícios de grande altura, 16% são arranha-céus e apenas 3% são de pequeno porte. Tais dados fazem da cidade a primeira em nível de edificações em altura, com mais de 80% do total dos edifícios. Como resultado da falta de espaço e sua elevada demanda de construção, restam poucos edifícios antigos de pé, ao passo em que a cidade se converte em um dos centros da arquitetura moderna.
Existem muitos projetos de desenvolvimento para a área: a construção de edifícios governamentais, o re-desenvolvimento da frente costeira no Distrito Central e uma série de projetos na região oeste. Ainda é esperada a construção de mais projetos de edifícios em altura a partir dos limites do aeroporto de Kai Tak, que impõe uma série de restrições de altura.
Grande parte do acervo urbano herdado da época do governo britânico continua vigente através da atualização periódica dos planos diretores de desenvolvimento urbano e das legislações, que buscam, hoje em dia, se adaptar a nova situação geopolítica.
Imagem via plataformaurbana.cl
Neste sentido, foi definido um plano de urbanização em longo prazo que busca guiar o desenvolvimento futuro e a criação de infraestrutura estratégica. São tomadas como pauta de intervenção: o conceito de zoneamento, o fomento de ideias sustentáveis, a densificação populacional, a criação de uma rede de transporte integral (incluindo um túnel que atravessa o porto) e o desenvolvimento de cidades satélites no distrito de Novos Territórios.
De acordo com o plano de desenvolvimento estratégico existem dois regimes normativos. O primeiro é o Plano de Delimitação de Zonas, que define os usos do solo, parâmetros de desenvolvimento e viabilidade. O segundo é a Área de Permissão de Desenvolvimento, que faz o controle interno do planejamento e orienta o desenvolvimento das áreas rurais no distrito de Novos Territórios.
O sistema econômico capitalista implementado se caracteriza por uma política laissez-faire que permitiu um crescimento econômico vertiginoso que se traduziu em uma transformação radical da paisagem urbana. Isto se materializou no uso intensivo do solo ao lado de um ciclo de renovação de edifícios urbanos muito curto devido, principalmente, à escassez de solo utilizável para a construção.
Em março deste ano, foram formuladas diretrizes de desenho urbano a fim de melhorar o ambiente e a paisagem da cidade. O peso da política nacional chinesa, que incentiva a aplicação de estratégias sustentáveis nas cidades, esteve bastante presente nas diretrizes. O plano busca responder às demandas dos cidadãos para melhorar a qualidade ambiental da cidade, sobretudo quanto aos efeitos do desenvolvimento imobiliário e dos projetos dos edifícios na circulação do ar e a na dissipação da poluição, assegurando um ambiente mais limpo e sustentável.
Apesar da Região Administrativa Especial de Hong Kong manter grande parte de sua autonomia administrativa desde que passou a estar sob tutela chinesa em 1997, a aprovação do 11º Plano Nacional Qüinqüenal da República Popular da China, em março de 2006, supõe que a ex-colônia incorpore conceitos de planejamento em vigência no país. É assim, portanto, que grande parte do acervo urbanístico herdado da época de governo britânico continua vigente através da atualização periódica de planos estratégicos de desenvolvimento urbano e normas que os instrumentalizam e, agora, os adaptam à nova situação geopolítica.
Neste sentido, os documentos elaborados são introduzidos ao documento de Estratégias de Desenvolvimento Terrotorial para Hong Kong (2007), que se define como “uma estratégia de planejamento a longo prazo para guiar o desenvolvimento futuro e a criação de infraestrutura estratégica, e ajudar a implementar espacialmente objetivos de políticas governamentais.”
Atualmente, o plano de desenvolvimento atua através das Diretrizes de Planejamento Urbano  que data originalmente de 1939 e que foram reformuladas desde então para se ajustar aos sucessivos planejamentos desenvolvidos. Seu objetivo é “promover a saúde, a segurança e o bem estar geral da comunidade por meio da disposição, preparação e aprovação sistemática dos planos de desenho para as áreas de Hong Kong, assim como para os tipos de edificações apropriadas a serem erguidas na cidade, e da preparação e aprovação dos planos de áreas dentro das quais é requerida permissão para serem desenvolvidas”.
A preparação das políticas que figuram nestes planos está a cargo da Divisão de Planejamento e Terras da Agência de Desenvolvimento, que interfere no planejamento, uso do solo, edificações e renovação urbana. O organismo principal encarregado da legislação de planejamento está a cargo da Comissão de Planejamento Urbano, da qual depende o Departamento de Planejamento, que é responsável por formular, monitorar e revisar o uso do solo em escala territorial. Além disso, deve preparar os planos de distrito e locais, os planos de melhorias de áreas, os Padrões e Diretrizes de Planejamento de Hong Kong, assim como empreender as ações contra o uso do solo não autorizado.
Por trás do plano de desenvolvimento estratégico há dois planos normativos. O primeiro é o plano de delimitação de zonas, que mostra as zonas de usos do solo, os parâmetros de desenvolvimento e a viabilidade de desenvolvimento de uma área. O segundo é a Área de Permissão de Desenvolvimento. Este existe para fins de controle normativo interno de planejamento e como uma diretriz de desenvolvimento de áreas rurais no distrito de Novos Territórios até que sejam aprovados os planos de delimitações de usos mais detalhados.
Imagem via plataformaurbana.cl
Cidades satélites em terras periféricas
O núcleo urbano da cidade se estrutura em torno do Porto de Victória, no canal de mesmo nome que separa a ilha de Hong Kong propriamente dita do restante da metrópole. Os distritos que conformam a região metropolitana se estruturam de acordo com as sucessivas ampliações dos territórios que conformaram a colônia britânica: a ilha de Hong Kong (desde 1842), Kowloon (1860) e os Novos Distritos (1898).
Em uma escala macro-regional, a cidade é o centro urbano mais importante do Delta do rio das Perlas, em seguida vêm as cidades de Guangzhou e Shenzhen. Estas duas tem experimentado, nos anos recentes, um crescimento urbano exponencial em função das políticas de reforma e desenvolvimento econômico, materializadas espacialmente com inversões na criação de zonas econômicas especiais e a construções de obras de infraestrutura que asseguram a articulação estratégica e produtiva da região.
A cidade possui 7 milhões de habitantes distribuídos em um território de apenas 200 km² de solo plano disponível para a construção, o que evidencia a altíssima densidade populacional e de edificações. 40% do solo restante estão reservados para parques e reservas naturais. Segundo dados estabelecidos entre 1991 e 2001, o crescimento populacional apresentado pela cidade se concentrou (85%) no distrito de Novos Territórios.
O perfil da cidade se distingue em colinas, cidade e mar. Um corte da cidade permite identificar as duas faixas topográficas: a base da colina e as planícies que chegam ao mar. Este corte mostra o distrito central de Hong Kong; o edifício alto voltado para o mar é o Centro Financeiro Internacional, que se eleva a 415 metros de altura. Sem dúvida, a topografia insular e montanhosa do território foi uma grande condicionante que favoreceu este tipo de evolução urbana em um contexto de grande atividade portuária, financeira, mercantil e geopolítica no sudeste asiático.
Contudo, os últimos governos coloniais e a administração local a partir de 1997 têm abandonado a política de “não intervencionismo positivo” e impondo algumas decisões do Estado em determinadas questões sociais distorcidas pela lassitude dos controles sobre o mercado como, por exemplo, a regulação do salário mínimo, a criação de um sistema de pensões obrigatórias, entre outras medidas.
Culturalmente, a cidade se destaca por uma ativa vida moderna que se mescla com antigas tradições chinesas, o que permite definir a cidade como o lugar onde “o Leste se encontra com o Oeste”. Assim, é possível observar características muito ocidentais em sua arquitetura combinadas com conceitos de feng shui – de origem claramente oriental – que intervém em questões de desenho dos projetos a serem construídos.
Em conseqüência, para assegurar seu papel como principal centro global do sudeste asiático, a cidade de Hong Kong encara o desafio de adaptar a morfologia da cidade às demandas de sua alta densidade demográfica, com índices extremos de densidade construída e populacional e fortes contrastes, onde convivem a riqueza e a pobreza, o orienta com o ocidental.
Imagem via plataformaurbana.cl
Citar: Delaqua , Victor . "Perspectivas sobre Hong Kong: Entre longas tradições e contrastes extremos" 28 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 29 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110961>

É concluído em Hamburgo o primeiro edifício do mundo alimentado energeticamente por algas | ArchDaily Brasil


É concluído em Hamburgo o primeiro edifício do mundo alimentado energeticamente por algas

Batizado como BIQ House, o projeto recentemente inaugurado é composto por uma fachada de algas bio-adaptativas que servirá como banco de provas para a produção de energia sustentável para áreas urbanas através de edifícios autossuficientes. O edifício – desenvolvido pela empresa internacional de design Arup, em conjunto com SSC Strategic Science Consultants e Splitterwerk Architects -, foi inaugurado no âmbito da Exposição Internacional de Construção de Hamburgo.
Mais informação e imagens na continuação.


© Arup
O prognóstico da Arup diz que os edifícios passarão por uma grande transformação nos próximos cinquenta anos, com base nas novas tecnologias de manutenção, granjas de grande alturas e invenções como a pintura fotovoltaica – projetos que estão em desenvolvimento. Mas, antes disso, Arup prevê uma tendência ao desenho de edifícios que respondem e se adaptam às condições de seu entorno.

© Arup
“O edifício do futuro fomenta esta qualidade inata, funciona essencialmente como um organismo vivo, reagindo ao meio ambiente local e se relacionando com os usuários”, afirma Arup. A Casa BIQ é o primeiro passo importante a favor desta visão.
De acordo com a empresa, a fachada da BIQ House está desenhada de tal maneira que as algas crescem mais rápido ao receber a luz do sol, proporcionando sombra no interior. Os “bio-reatores” não somente produzem biomassa que posteriormente pode ser colhida, como também capturam o calor solar térmico. Ambas as fontes de energia podem ser utilizadas para alimentar o edifício.

© Arup
Isto significa que a fotossíntese está impulsionando uma resposta dinâmica de acordo com a quantidade de proteção solar necessária, ao mesmo tempo que proporciona uma fonte limpa de energia renovável.

Via DailyMail
Citar: Delaqua , Victor . "É concluído em Hamburgo o primeiro edifício do mundo alimentado energeticamente por algas" 28 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 29 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110954>

domingo, 28 de abril de 2013

Clássicos da Arquitetura: Olivetti Showroom / Carlos Scarpa | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Olivetti Showroom / Carlos Scarpa

  • Arquitetos: Carlo Scarpa
  • Ano Projeto: 1958
  • Localização: Veneza, Itála, Veneza, Veneto, Itália
O revestimento em pedra, presença forte no interior, também aparece na fachada, em grandes placas, misturando-se à materialidade de um dos becos tradicionais de Veneza. A escultura “Nudo al Sole”, de Alberto Viani, ganha destaque ao lado da entrada, sobre uma laje de mármore escuro, com água correndo sob a pedra.
© ORCH_chemollo
Foto por seier+seier – http://www.flickr.com/photos/seier/
No interior do pavimento térreo, o piso de cerâmica dá cor e cria um padrão contrastante com a materialidade da pedra. Na entrada principal, um mosaico vermelho; ao fundo, amarelo; e no centro, branco. O teto recebe um forro de madeira. 
© ORCH_chemollo
Ao fundo a escada de mármore é enquadrada pelo jogo, marcando o espaço na perspectiva vista no hall de entrada. Peças individuais de mármore, apoiadas por pequenas hastes metálicas, parecem soltas uma da outra, dando leveza a uma escada de materialidade tão pesada.
Foto por seier+seier – http://www.flickr.com/photos/seier/
A escada leva ao segundo andar do edifício, onde a madeira, que antes aparecia somente no forro, ganha mais presença.  Piso, faixas de revestimento nas paredes e painéis vazados nas aberturas, tudo em madeira, combinam-se à pedra que reveste as paredes e, agora, o teto.
© ORCH_chemollo
© ORCH_chemollo

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Carlo Scarpa
  • Ano: 1958
  • Endereço: Veneza, Itála Veneza Itália
  • Tipo de projeto: Comercial
  • Status: Construído
  • Materialidade: Pedra e Madeira
  • Estrutura: Otro
  • Localização: Veneza, Itála, Veneza, Itália

Localização aproximada

Clássicos da Arquitetura: Olivetti Showroom / Carlos Scarpa

Veneza, Itála, Veneza, Itália
Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Olivetti Showroom / Carlos Scarpa" 27 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 28 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110628>

sábado, 27 de abril de 2013

Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy” | ArchDaily Brasil

Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy”

Nesta semana no Cinema e Arquitetura, compartilhamos este documentário que faz parte da mostra Arquitectura Film Festival Santiago 2012, realizado por Michael E. Arth e Blake Wiers. O filme conta precisamente a história de Michael Arth, um “artista, desenhador urbano e promotor imobiliário” que com determinação conseguiu mudar a qualidade de vida de um bairro degradado e perigoso na Flórida, Estados Unidos.
Sua ideia vai além da simples renovação de sua nova casa; seu plano é a criação de um novo urbanismo ecológico formado por “pedestres”, que usam os carros apenas quando é estritamente necessário e onde a pessoa e o bem da comunidade está em primeiro lugar. Seu sonho vai se realizando – apesar da resistência de uma área a ponto de demolição – ao motivar mais pessoas para que comprem outras casas e sigam seu exemplo.
É o inspirador trabalho de um “não-arquiteto” que quer mudar o mudo casa por casa.

Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy”
FICHA TÉCNICA
Título original: New Urban Cowboy
Ano: 2008
Duração: 83 min.
Origem: Estados Unidos
Direção: Michael Arth & Blake Wiers
Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy”
SINOPSE
Infeliz com os aumentos do custo de vida, o artista e urbanista Michael Arth, decide abandonar Los Angeles e se mudar para um bairro deteriorado e perigoso de Flórida. Sua visão, baseada na premissa de que os bairros são feitos pelas pessoas, motiva esta radical mudança de vida. Assim, ele renova sua casa e decide utilizar o veículo apenas quando seja necessário, com o objetivo de construir um bairro sustentável. Apesar da oposição dos traficantes do lugar, Arth impulsiona a compra de novas residências para integrar mais pessoas a este projeto coletivo.
Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy”
 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=5l01r2yF9hs

A tarefa titânica – registrada por ele mesmo – possui êxito graças à tensão de um homem disposto a tudo para realizar seu sonho. Instala então sua visão de que, ao contrário dos grandes vícios das cidades grandes, nas vizinhanças, o que mais importa são as pessoas.
Mais sobre o projeto de Michael E. Arth no seguinte link.
Citar: Delaqua , Victor . "Cinema e Arquitetura: “New Urban Cowboy”" 26 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 27 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110750>

Feliz 70º Aniversário Peter Zumthor! | ArchDaily Brasil


Feliz 70º Aniversário Peter Zumthor!

Peter Zumthor (26 de abril, 1943) faz 70 anos hoje! Conhecido por sua sensibilidade material e sua grande atenção ao lugar, o vencedor do Pritzker de 2009 é um dos mais respeitados arquitetos do século XX.
Embora Zumthor tenha muito menos projetos do que arquitetos de renome comparável, seu trabalho teve um impacto estrondoso no mundo da arquitetura. Seus edifícios são misteriosos e sedutores, mas não mostram sinais de preconceitos ou estilo formal. Sua preocupação é com o contexto, a experiência e a materialidade, e não meramente estética. Talvez esta seja sua contribuição mais significativa para a arquitetura: a arquitetura verdadeiramente significativa do lugar e da experiência.
Convidamos vocês para explorar alguns dos trabalhos de Zumthor:
Trabalhos de Zumthor no ArchDaily Brasil
Citar: Delaqua , Victor . "Feliz 70º Aniversário Peter Zumthor!" 26 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 27 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110756>