sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Clássicos da Arquitetura: Residência Robert Schuster / Severiano Porto | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Residência Robert Schuster / Severiano Porto

  • Arquitetos: Severiano Porto
  • Ano Projeto: 1978
  • Localização: Tarumã, Amazonas, Manaus, Amazonas, Brazil
Casa aberta, em pilotis. A estrutura toda em madeira, sob uma malha ortogonal de dois metros e meio por dois metros e meio. Modulação calculada para permitir a armação de redes nas diagonais. Em qualquer parte da casa é possível deitar numa rede.
© Severiano Porto
A casa se desenvolve no segundo pavimento, em torno a um vazio interior, que conecta visualmente os dois primeiros pavimentos. No terceiro, apenas um terraço coberto.
Planta 2° pavimento
Três dormitórios, sendo o principal em suíte -cada um com sua rede; uma pequena cozinha; um salão que reúne salas de estar e jantar; e uma ampla varanda.
© Severiano Porto
Uma grande coberta de duas águas protege a casa das chuvas. As esquadrias são todas em madeira, quase todas venezianas. Os pisos, em madeira. Varandas em madeira; fechamentos em madeira; muxarabis; detalhes. A madeira predomina. Algumas poucas alvenarias são utilizadas. Casa aberta, mas protegida pela mata densa da região amazônica.
Croquis

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Severiano Porto
  • Ano: 1978
  • Endereço: Tarumã, Amazonas Manaus Brazil
  • Tipo de projeto: Residencial
  • Materialidade: Madeira
  • Estrutura: Madeira
  • Localização: Tarumã, Amazonas, Manaus, Brazil
  • Implantação no terreno: Isolado

Localização aproximada

Clássicos da Arquitetura: Residência Robert Schuster / Severiano Porto

Tarumã, Amazonas, Manaus, Brazil
Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Residência Robert Schuster / Severiano Porto" 07 Feb 2013. ArchDaily. Accessed 08 Feb 2013. <http://www.archdaily.com.br/96594>

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Arquine Convoca: Concurso No. 15, Re-Habitar o séc. XVII | ArchDaily Brasil


Arquine Convoca: Concurso No. 15, Re-Habitar o séc. XVII

O novo concurso da Arquine busca a geração de novas tipologias para a habitação do século XXI a partir da revisão dos modelos habitacionais da modernidade, com base em critérios de sustentabilidade, flexibilidade e coesão com a cidade. Ideias que permitam oferecer soluções ante a expansão urbana descontrolada.

Arquine soma esforços com a Cámara de la Industria de Desarrollo y promoción de la Vivienda (CANADEVI) [Câmara da Indústria de Desenvolvimento e Promoção Habitacional] com o fim de expandir seu alcance e garantir a pluralidade e participação dos principais atores sociais perante o tema de análises e a habitação no século XXI.
O concurso de ideias possui caráter internacional, aberto e anônimo. O segundo processo de inscrição estará aberto até o dia 15 de fevereiro, e a proposta pode ser enviada até o dia 17 de fevereiro de 2013.
Para mais informações clique aqui. 
Citar: Delaqua , Victor . "Arquine Convoca: Concurso No. 15, Re-Habitar o séc. XVII" 05 Feb 2013. ArchDaily. Accessed 06 Feb 2013. <http://www.archdaily.com.br/95514> l

Gehry, Graves, Hadid, McCurry, Stern e Tigerman desenham tapetes para ajudar às mulheres do Afganistão | ArchDaily Brasil


Gehry, Graves, Hadid, McCurry, Stern e Tigerman desenham tapetes para ajudar às mulheres do Afganistão

ARZU Studio Hope´s Masters Collection é uma iniciativa que cobre o trabalho de 6 renomados arquitetos, que doaram seus desenhos para a criação de tapeçarias em apoio às mulheres do Afeganistão.
ARZU é uma organização sem fins lucrativos que oferece a oportunidade à mulheres afegãs de vender produtos artesanais no mercado de maneira justa, permitindo que elas emerjam, apoiando a vida saudável e a educação para elas e suas famílias. Este ano lançaram uma coleção de tapetes feitos à mão por estas mulheres, em colaboração com Coalesse - uma empresa de móveis pró sustentabilidade econômica e social

Feitos à mão, 100% em lã, carregam um mínimo de impacto ambiental e um máximo das práticas de trabalho justo no Afeganistão.
Courtesia de Coalesse.com
Os desenhos desses grandes nomes vão desde uma inspiração na arte histórica do Islã até propostas abstratas.
Courtesia de Coalesse.com
Esta colaboração única entre ícones da arquitetura contemporânea e as tecedoras rurais do Afeganistão são um exemplo a seguir para uma maior relação entre o desenho moderno e as técnicas tradicionais.
Vía blog.archpaper.com 
Courtesia de Coalesse.com
Citar: Britto , Fernanda . "Gehry, Graves, Hadid, McCurry, Stern e Tigerman desenham tapetes para ajudar às mulheres do Afganistão" 05 Feb 2013. ArchDaily. Accessed 06 Feb 2013. <http://www.archdaily.com.br/95443>

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Parque projetado por Louis Kahn é inaugurado em Nova York | ArchDaily Brasil


Parque projetado por Louis Kahn é inaugurado em Nova York

O novo parque de Manhattan, Four Freedoms, desenhado por ninguém menos que Louis Kahn, em 1974, finalmente sai do papel e é inaugurado.

© Amiaga via Arkpad
No período de concepção do parque, em homenagem ao ex-presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, a cidade passava por um período de crise econômica, o que tornava inviável sua construção. Após mais de 30 anos, um grupo de cidadãos se reuniu para que o projeto fosse finalmente construído.
© Paul Warchol via Arkpad
O parque foi implantado na extremidade a ilha Welfare Island, East River, então rebatizada como ilha Roosevelt, tem formato retangular, delimitado por duas linhas de árvores. De linguagem minimalista, o parque possui poucos elementos, priorizando as visuais do local, inclusive o edifício da ONU.  Segundo as especificações do próprio arquiteto, foi construída um pequena praça quadrada que se estende para além da própria ilha, proporcionando um espaço de repouso e contemplação.
© Paul Warchol via Arkpad
O parque foi o último projeto de Louis Kahn e é, atualmente, sua única obra construída em Nova York.
© Amiaga via Arkpad
Via Arkpad. 
Citar: Britto , Fernanda . "Parque projetado por Louis Kahn é inaugurado em Nova York" 04 Feb 2013. ArchDaily. Accessed 05 Feb 2013. <http://www.archdaily.com.br/94849>

LEGO® Architecture Landmark Series: O Hotel Imperial | ArchDaily Brasil


Notícias


LEGO® Architecture Landmark Series: O Hotel Imperial

Fãs de LEGO®, a espera acabou. A LEGO® anunciou os detalhes da primeira edição de 2013 para a Architecture Series! Quem melhor para começar o ano novo que LEGO® com o Hotel Imperial de Tokyo de Frank Lloyd Wright.
O mais famoso dos seis edifícios de Wright no Japão, o Hotel Imperial foi projetado no, então muito chique, ‘Estilo Renascentista Maya’ e construído principalmente de pedra e concreto armado. Foi louvado por ter sobrevivido um grande terremoto logo depois de sua abertura, no entanto na realidade parte do edifício inundou deixando residentes navegando nos seus oscilantes corredores. Eventualmente foi decidido demolir completamente o edifício em 1968 para dar lugar ao arranha-céu que atualmente ocupa o terreno.
Mas não se preocupe, agora ao invés de estar se lamentando pela destruição de mais uma das obras primas de Wright, pelo preço de $90-$100, crianças grandes ou pequenos arquitetos podem reconstruir esse edifício ícone na sua própria sala de estar com 1,188 pecinhas brilhantes.
Mais fotos a seguir…

© LEGO
© LEGO
© LEGO
© LEGO
Notícia via Gizmodo
Citar: Britto , Fernanda . "LEGO® Architecture Landmark Series: O Hotel Imperial" 04 Feb 2013. ArchDaily. Accessed 05 Feb 2013. <http://www.archdaily.com.br/94864>

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Tomie Ohtake relembra sua trajetória e celebra seu centenário com exposição em São Paulo - Jornal O Globo

Tomie Ohtake relembra sua trajetória e celebra seu centenário com exposição em São Paulo

  • Uma das maiores pintoras do Brasil, ela iniciou a carreira aos 40 anos após ter criado cinco filhos


A artista, que faz 100 anos em novembro, segue produtiva e pinta três vezes por semana: “Agora só se fala em centenário. É engraçado. Nunca senti os anos...”, diz, sorrindo
Foto: Marcos Alves
A artista, que faz 100 anos em novembro, segue produtiva e pinta três vezes por semana: “Agora só se fala em centenário. É engraçado. Nunca senti os anos...”, diz, sorrindo Marcos Alves
SÃO PAULO - Desde que trocou o Japão pelo Brasil, Tomie Ohtake nunca aprendeu a pronunciar a letra “l”. Há 77 anos no país e consagrada como uma das maiores pintoras brasileiras, para ela, galeria ainda é “gareria” e tela vira “tera”. Às vésperas de iniciar as celebrações de seus 100 anos (dia 21 de novembro), ela ri do próprio sotaque:



— Nunca “aprendeu” a falar português. Agora não “aprende” mais, né?
Mas Tomie fala com parcimônia. Como sua obra, ela é rigorosa, suave e de poucos elementos. Se um poema haikai trata do mundo em 17 sílabas, afirma, por que ela deveria usar mais?


Sua carreira, que se iniciou aos 40 anos (só após ter criado os filhos), começa a ser revista a partir desta semana. Abrindo os festejos do centenário, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, inaugura na quarta-feira a primeira de uma série de mostras que serão dedicadas à artista até novembro. “Tomie Ohtake — Correspondências” relaciona suas obras com as de Mira Schendel, Cildo Meireles e Nuno Ramos, entre outros. E, no dia 23, a galeria Nara Roesler, também em São Paulo, exibe telas recentes da artista, de 2012 e 2013.
— Agora só se fala em centenário — ela diz, sorrindo. — É engraçado. Nunca senti os anos...
À cabeceira de uma mesa de concreto na casa modernista que o filho Ruy Ohtake projetou há 44 anos no bairro Campo Belo, em São Paulo, a artista recebe O GLOBO com um almoço à brasileira, servido em louças de delicada cerâmica (presente e obra de sua melhor amiga, a ceramista Kimi Nii), com talheres do designer finlandês Arne Jacobsen que, vaidosa, Tomie conta ter ganhado do filho Ruy nos anos 1970. À mesa, estão arroz, purê de batata-baroa, carne de panela com legumes.
— E tem saladinha, né?
Quando se trata de Tomie, os críticos de arte dizem que vida e obra estão “amalgamados”. A casa, de fato, parece o centro de tudo. Lá está seu ateliê, onde ela mandou instalar uma cama, de solteiro, ao lado das telas — “assim, já fica olhando quando acorda”.
E a sala de jantar não é só um ambiente a mais. Para Tomie, o “dia mais contente” é domingo, quando a mesa fica cheia. Há 30 anos, ela espera à cabeceira pela chegada dos filhos — Ruy, 75 anos, e Ricardo, 70, diretor do Instituto Tomie Ohtake — da nora Marcy (casada com Ricardo e também sua assessora de imprensa) e dos dois netos, Rodrigo, 28 anos, e Elisa, 32.
Durante a semana, Tomie almoça sozinha, sempre às 13h. Tem a disciplina dos orientais. Acorda às 8h, toma banho, aplica um creme antirrugas e senta-se, às 9h, para o café. Três vezes na semana vai ao ateliê, onde um assistente a aguarda. Às terças e quintas, faz fisioterapia e, uma vez por semana, recebe a cabeleireira do bairro, que mantém seu corte rigorosamente na altura do queixo e os fios pintados de preto. Também costuma vestir-se de preto. Guarda as cores para as telas.
Quando desembarcou do navio que a trouxe, após 40 dias de viagem, de Kioto para São Paulo, a primeira sensação que teve foi relacionada a uma cor.
— Brasil tem sol muito claro. Quando saí do navio, olhei para o céu e senti cheiro de amarelo. Ali, gostei do Brasil.
Tomie chegou ao Brasil Nakakubo, sem o sobrenome Ohtake. Veio acompanhada do irmão em 1936. Algum tempo depois, estourou a Guerra do Pacífico, e o irmão voltou. Morreu lutando. Mas Tomie tinha outro irmão em São Paulo, que mantinha um laboratório em sociedade com Oshio Ohtake, “esse moço muito boa pessoa e muito bonito”, diz ela, sorridente.
Em um mês no país, aos 23 anos, ela se casou com Oshio.
— Minha mãe pediu uma fotografia do casamento. Não acreditava! Tive que botar vestido para a foto — diverte-se.
Um ano depois do casamento, nasceu Ruy. A família Ohtake, então, mudou-se para o Rio, onde Tomie desfrutou do mar, de que tanto gosta:
— Pegava a barca e ia nadar em Niterói, porque a praia era muito bonita!
Recém-casada, a jovem Tomie se fez a pergunta: “Família é mais importante que trabalho?”. Já tinha apreço pela pintura e, no Japão, comprava catálogos e desenhava. Mas a decisão de priorizar a família a manteve distante dos pincéis até os 40 anos, quando encontrou o artista Keisuke Sugano.
Ele dava aulas a Tomie e outros japoneses. Pedia aos alunos que pintassem uma flor, por exemplo. Ao fim, criticava as pinturas. A de Tomie, no primeiro dia, foi eleita a melhor. Começava ali uma carreira que nasceu figurativa e tornou-se abstrata. Dez meses depois, ela já exibia telas no Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Em 1951, com o filho Ricardo já nascido, voltou ao Japão. Sentia saudade da mãe, Kimi. Passaram o dia conversando e, entre um diálogo e outro, conta, a mãe suspirou e morreu.
— Meu irmão colocou a mão no pulso dela e disse: “Ih, parou!”. Às vezes tenho saudade, mas já estou acostumada. A única coisa que pode me deixar muito triste hoje é a morte de um filho. Se um filho morre antes de mim, eu morro.
Depois da pintura abstrata dos anos 1960, Tomie se aventurou pelas gravuras nos anos 1970. Em 1977, ficou viúva de Oshio Ohtake e não voltou a se casar. Na década seguinte, sua obra foi marcada por cores contrastantes e intensas, talvez inspirada em Mark Rothko, seu pintor preferido. Foi também nos anos 1980 que floresceu sua produção de esculturas, muitas delas públicas, como a “Estrela-do-mar” (1985), instalada na Lagoa, no Rio, que gerou polêmica, foi removida para manutenção em 1990 e nunca voltou.
Na casa onde vive, fez o paisagismo com mudas que ganhou de Burle Marx. Ao lado das plantas e da piscina, estão esculturas suas. Todos os dias, ela alimenta os pássaros no jardim, vizinho a seu ateliê.
Antes de passar por uma cirurgia na coluna aos 93 anos, Tomie era assídua de exposições. No ano passado, teve pneumonia, caiu doente e “a perna ficou muito fraquinha, né?”. Passou a usar cadeira de rodas e não vai mais a vernissages. Mas lê quase todos os (muitos) catálogos que recebe. Leitura é sua distração. Não gosta de cinema ou TV, porém não dispensa jornais, incluindo o “São Paulo Shimbun”, em japonês.
Sobre arte contemporânea, não se sente muito tocada pelo que vê. Gosta de Regina Silveira, Tunga e Adriana Varejão. Arte, diz, é para ser sentida.
O curador Paulo Herkenhoff costuma dizer que “não há pintura brasileira sem Tomie Ohtake”. Para o crítico Frederico Morais, ela soube equilibrar a tradição japonesa e a vivência no Brasil. Tomie criou algo muito particular entre os artistas nipo-brasileiros, afirma ele, ao combinar o informalismo dos anos 1950 com o “desejo de organizar” o informal.
— A arte de Tomie nunca foi muito expansiva, excessivamente lírica. É contida, nipônica. A pintura dela é como ela mesma: de poucas palavras.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/tomie-ohtake-relembra-sua-trajetoria-celebra-seu-centenario-com-exposicao-em-sao-paulo-7476847#ixzz2Jq0OsbIW
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