quinta-feira, 30 de maio de 2013

Clássicos da Arquitetura: Piscinas de Leça / Álvaro Siza | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Piscinas de Leça / Álvaro Siza

  • Arquitetos: Álvaro Siza
  • Ano Projeto: 1966
  • Localização: Leça de Palmeira, Portugal, Matosinhos, Porto, Portugal
Uma suave rampa de concreto paralela à estrada dá acesso ao conjunto semi-enterrado de edifícios. Ao andar pelo corredor, passando pelos vestiários e duchas, as paredes ásperas de concreto começam a obscurecer as vistas tanto do tráfego quanto do oceano à frente. Sem vistas, o oceano torna-se apenas audível, e essa transição entre a estrada e o mar é capturada numa experiência sensorial dentro do edifício.
© Flickr trevor.patt
Ao sair dos vestiários, entra-se em uma série de plataformas. Olhando para trás, a primeira visão do edifício, agora abaixo do nível da rua. A cor das paredes de concreto é um tom mais claro que a pedra natural, marcando o que é construção e o que é natural.
© Flickr Nancy Steiber
Virando-se para o mar, a água torna-se novamente a visão dominante e as piscinas aparecem  entre o vasto oceano e o complexo. A piscina para crianças é ligada a uma parede curva de concreto numa borda, e a uma ponte e grandes rochas em outra. Localizada mais para o interior.
© Flickr trevor.patt
Já a piscina de adultos parece estar dentro do mar. Conformada por baixas paredes de concreto, formações rochosas naturais estão espalhadas ao longo de suas bordas. O nível da água da piscina parece sempre ser o mesmo que o do mar, ilusão que conecta e insere a piscina no mar. Essa indefinição intencional confunde a compreensão real do limite criado, e assim, aumenta visualmente a extensão do espaço.
© Flickr Veronica Aguilar
O complexo de piscinas de Leça da Palmeira consiste em duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças, vestiários e um café. Está localizado entre o Oceano Atlântico e o acesso da rodovia que segue a costa. Está implantando de tal modo que não impeçam as vistas. Ao enterrar o edifício atrás da rodovia, cria-se uma desconexão entre as piscinas e a infraestrutura da cidade. As piscinas chegam ao oceano e misturam-se com as piscinas naturais presente ao longo da costa.
© Flickr Nancy Steiber

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Álvaro Siza
  • Ano: 1966
  • Endereço: Leça de Palmeira, Portugal Matosinhos Portugal
  • Tipo de projeto: Equipamento Urbano
  • Status: Construído
  • Materialidade: Concreto
  • Estrutura: Concreto
  • Localização: Leça de Palmeira, Portugal, Matosinhos, Portugal
  • Implantação no terreno: Isolado

Localização aproximada

Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Piscinas de Leça / Álvaro Siza" 29 May 2013. ArchDaily. Accessed 30 May 2013. <http://www.archdaily.com.br/115453>

terça-feira, 28 de maio de 2013

Habitação Pós-Tsunami / Shigeru Ban Architects | ArchDaily Brasil


Habitação Pós-Tsunami / Shigeru Ban Architects

Implantação
O projeto provém 100 casas em uma vila de pescadores muçulmana na região de Tissamaharama, na costa sudeste de Sri Lanka, após a destruição causada pelo tsunami de 2004.
© Dominic Sansoni
O objetivo de Shigeru Ban foi de adaptar as casas ao clima, empregar mão de obra e materiais locais para trazer lucros para a região e responder às demandas dos moradores através de consultas diretas. Por exemplo, cozinha e banheiros são incluídos em cada casa, como solicitado pelos moradores, mas a área central coberta os separa da acomodação de estar, como estipulado pelo governo.
© Dominic Sansoni
A área coberta também proporciona um espaço de convivência no qual as mulheres podem se abrigar e manter a privacidade. Madeira de seringueira de fontes locais foi usada nas divisórias e guarnições, e blocos de terra comprimida nas paredes.

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Shigeru Ban Architects
  • Ano: 2007
  • Área construída: 71.0 m²
  • Status: Construído
  • Características Especiais: Ecológico
  • Estrutura: Madeira e Otro
  • Localização: Kirinda, Sri Lanka
  • Implantação no terreno: Isolado

Equipe:


Informação Complementar:


Cliente: Philip Bay

Localização aproximada

Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Delaqua , Victor . "Habitação Pós-Tsunami / Shigeru Ban Architects" 27 May 2013. ArchDaily. Accessed 28 May 2013. <http://www.archdaily.com.br/115624>

20 imagens de satélites de cidades registradas pela NASA | ArchDaily Brasil


20 imagens de satélites de cidades registradas pela NASA

Por Constanza Martínez Gaete, via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
A Estação Espacial Internacional (ISS) da NASA registrou fotos noturnas de algumas cidades nos cinco continentes através do método NightPod. Com este é possível inverter o movimento da estação espacial em relação à Terra através de um dispositivo eletromecânico para câmeras digitais que permite trabalhar com pouca luminosidade.
Além disso, como a estação vai mudando seu ângulo à medida que se move, a equipe tem que superar vários obstáculos, tais como reflexões que são geradas quando se fotografa contra uma superfície envidraçada, ou estar atento para a finalidade da fotografia, pois, se a imagem é feita a partir de um ângulo mais baixo que o adequado, perde-se as proporções originais da cidade. Assim, um membro do ISS, Don Pettit, explica que “se flutuo até a janela e vejo meu alvo, significa que é tarde demais para tirar uma foto”.
No futuro, este sistema servirá para monitorar a contaminação em áreas urbanas, desastres naturais, o tráfego noturno e fenômenos atmosféricos, como as auroras boreais.
A seguir, as imagens por satélite de Brasília, Dubai, Nova Iorque, entre outras.

Cidade de Kuwait, Kuwait
A imagem da capital do Kuwait tem características que a distinguem de imediato das outras pelas cores das luzes, representando diferentes graus de urbanização. Assim, o verde evidencia as áreas novas da cidade, enquanto que o laranja é o deserto que se mistura com o tecido urbano. Localizado na costa noroeste do Golfo Pérsico, a cidade parece uma ilha entre o mar e o deserto. Esta imagem pôde ser capturada com uma lente de 200 milímetros. 
Liège, Bélgica
O núcleo de luminosidade da área urbana de Liège, na Bélgica, parece estar no centro de uma rede de estradas que ligam as zonas rurais, que podem ser vistas um pouco mais escuras. Para medir a escala nas imagens, a distância da esquerda para a direita é de 70 quilômetros. Liège é a terceira mais populosa região metropolitana na Bélgica, depois de Bruxelas e Antuérpia.
Las Vegas, EUA
Las Vegas, nos Estados Unidos, é o lar de inúmeros cassinos e hotéis. Ela também possui a Las Vegas Strip, uma das principais avenidas da cidade, que é considerada, por alguns, como a mais brilhante do planeta. Do espaço, é possível distingui-la no centro branco da imagem.
Calcutá, Índia
Na parte superior da foto de Calcutá, na Índia, é possível ver uma linha preta e grossa que corresponde ao Rio Hugli e atravessa parte da cidade. À medida que as luzes são distribuídas em torno do rio, se pode indicar que o desenvolvimento urbano ocorreu em áreas próximas ao mesmo, em particular, em sua parte inferior.
Península Ibérica
Espanha, Portugal e a maior parte da Península Ibérica estão na mesma imagem. No canto inferior esquerdo, se vê o Marrocos e sua fronteira com o Estreito de Gibraltar, que aparece sem luz. Do ângulo da fotografia, no horizonte se vê uma linha verde que corresponde às moléculas de gás na atmosfera, enquanto que no lado esquerdo se vê uma luz que parece um objeto voador, mas que, de acordo com a equipe espacial, é “uma falta de definição da lua”.
Nova Orleans, EUA
A 354 quilômetros de distância da Terra, o Rio Mississippi – o segundo maior rio dos Estados Unidos- é visto como uma grande linha preta negra que zigzagueia pelo centro de Nova Orleans.
Riyadh, Arábia Saudita
A capital da Arábia Saudita, Riyadh, considerada um dos principais centros econômicos do Oriente Médio, se assemelha a uma pintura abstrata do espaço. O centro escuro é a Base Aérea de Riyadh e as zonas periféricas são áreas de deserto.
Milão, Itália
Milão, além de ser considerada uma das cidades mais importantes da moda, é a segunda maior cidade industrial da Itália. No lado esquerdo da imagem, destaca-se um luminoso centro urbano que se assemelha a uma teia de aranha. As manchas escuras são áreas agrícolas que constituem um mosaico, juntamente com as áreas urbanas periféricas menores.
Shenyang eSujiatun, China
Localizado ao noroeste da China, Shenyang e seu pequeno distrito Sujiatun, visível no canto esquerdo da foto, destacam-se pelas ligações rodoviárias que os unem. Dedicados à indústria pesada, esses lugares se diferenciam das outras imagens pela sua baixa luminosidade, apesar de serem áreas urbanas.
São Paulo, Brasil
Com 17 milhões de habitantes, a cidade brasileira de São Paulo é uma das maiores cidades da América do Sul. Os traços de sua urbanização são refletidos nas vias brilhantes que se expandem em um fundo de áreas verdes. A resolução das imagens é tão grande que se pode ver três cores nas luzes- rosa, branco e cinza – que correspondem às lâmpadas de diferentes períodos. À direita da imagem está o porto de Santos, que também é delineado pelas luzes.
Quebec, Canadá
Uma das versões que existem em torno do nome “Quebec”, é a derivação de “Kébec”, uma palavra algonquin, que se traduz como “onde o rio se estreita”. Na foto de satélite isso é claro na linha preta separando as luzes na parte inferior, uma vez que mostra como o canal entra na cidade e, em seu centro, estreita ainda mais. No entanto, depois de deixar Quebec, recupera as suas dimensões originais.
Manila, Filipinas
Quando se presta atenção no sudeste asiático, mais especificamente sobre a cidade de Manila, capital das Filipinas, é possível ver como as principais ruas da cidade chegaram a uma concentração de luzes de cor branca. Além disso, a falta uniformidade na coloração das luzes das vias é o resultado da mistura de 17 cidades e vilas que existiam até 1976, o que é ainda evidente no intervalo entre certas seções urbanas. Uma vez unificada, a aglomeração foi chamado de Grande Manila, que atualmente possui mais de 21 milhões de pessoas.
Toronto, Canadá
Do espaço, os quadrados da malha viária fazem com que Toronto se pareça com um mosaico de quadrado perfeitos ao longo do Lago Ontário. Na verdade, durante o dia, esses detalhes não são tão visíveis, mas à noite são revelados pelas luminárias das praças.
Dubai, Emirados Árabes Unidos
Dubai é a maior área metropolitana dos sete emirados. Não só é reconhecida por seu crescimento econômico em torno do petróleo, mas também por possuir duas emblemáticas construções: Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo com 828 metros, e o Palm Island Resort Dubai, uma ilha artificial que atinge o Golfo Pérsico e que no seu centro abriga o Burj AlArab, um hotel em forma de vela de barco que, em 1999, se tornou o primeiro hotel do mundo classificado com sete estrelas. Estas duas torres são visíveis a partir do espaço, tal como na figura, o primeiro está localizado no lado esquerdo, e corresponde ao complexo que é mais branco do que o resto e, a segunda, se observa imersa em uma parte do golfo no centro da imagem.
Em relação à vista noturna Dubai caracteriza-se por um padrão de pontos azuis, provenientes da iluminação de lâmpadas de vapor de mercúrio usadas em áreas comerciais e residenciais. Em contraste, as luzes mais laranjas são as mesmas que em outras cidades e são utilizadas em ruas e estradas. A fim de capturar esses padrões como diferentes entre si, a câmara digital é configurada para uma resposta rápida, com elevada sensibilidade à luz. As áreas que parecem nuvens mais borradas são irregulares, enquanto as áreas escuras correspondem ao noroeste do deserto.
Tóquio, Japão
Tóquio é a cidade mais populosa do mundo, com mais de 34 milhões de habitantes, o que, obviamente, pode ser visto do espaço. A cidade japonesa se ramifica a partir de um epicentro brilhante e por todo o contorno da baía.
Xangai, China
Localizada ao longo da costa leste da China, Xangai está situada nas margens do Rio Yangtze, que é visível no centro inferior da imagem com duas ondulações. Apesar de ser a terceira cidade mais populosa do mundo, com um pouco mais de 25 milhões de habitantes, à noite tudo parece mais calmo,  com luzes laranja e vermelhas, em vez do característico branco que é comum em outras cidades.
O que se destaca são as luzes dos arranha-céus, que refletem a posição que chegou Xangai nas últimas décadas, como capital financeira do país e da região asiática do Pacífico. O crescimento não está concentrado apenas no centro, mas também ocorreu em novas áreas satélites a oeste da cidade, como Suzhou.
Istambul, Turquia
Europa e Ásia se encontram cara a cara na cidade de Istambul, na Turquia, dividida pelo Estreito de Bósforo. Esta é uma das vias mais movimentadas do mundo, e é possível ver como divide a cidade no centro da imagem.
Brasília, Brasil
Seja durante a noite ou o dia, a capital do Brasil é inconfundível vista do espaço. Localizada no meio do Planalto Central, no centro-oeste do país, é considerada como um dos melhores exemplos do urbanismo do século XX. Como observou o ISS, “seu desenho sugere um pássaro, uma borboleta ou um avião viajando de noroeste para sudeste”.
Em seguida à criação de Brasília, no início de 1960, assentamentos informais começaram a se formar ao redor da cidade originalmente planejada. Em 1970, Ceilândia, um destes assentamentos, foi formalizado pelo governo e é, agora, uma cidade satélite de Brasília, com a sua própria identidade urbana. Áreas desenvolvidas de Brasília e suas cidades satélites são claramente definidas pelos padrões de luz da estrada à noite. Na grande região sem luz, a noroeste da cidade, está o Parque Nacional de Brasília, enquanto outras regiões escuras no sul e oeste são campos agrícolas e extensões de caatinga.
Nova Iorque, EUA
Nova York é a décima cidade mais populosa do mundo, com 21 milhões de habitantes e, vista do espaço, é uma das mais brilhantes. Para orientar-se, Manhattan é a ilha que está no centro da imagem e que está rodeada pelo Rio Hudson. À direita deste grupo de luzes, se vê um retângulo escuro que corresponde ao Central Park.
Citar: Baratto , Romullo . "20 imagens de satélites de cidades registradas pela NASA" 27 May 2013. ArchDaily. Accessed 28 May 2013. <http://www.archdaily.com.br/116226>