sábado, 27 de abril de 2013

Feliz aniversário I.M. Pei! | ArchDaily Brasil


Feliz aniversário I.M. Pei!

“Eu acredito que a arquitetura é uma arte pragmática. Para se tornar arte deve ser construída baseada na necessidade”.

Ieoh Ming em chinês significa “to inscribe brightly“, um nome que se revelou profético para este brilhante arquiteto que está cumprindo 96 anos. Ao longo de sua carreira, ele já construiu mais de 50 projetos em todo o mundo, caracterizado por linhas geométricas e eficiência funcional única – Influência de Walter Gropius – e, sobretudo, o uso de soluções estruturais marcantes, como Bank of China Tower (1989) ou o H. Morton Meyerson Symphony Center (1989).
Oriundo de uma cultura milenar, o valor da história desempenha um papel importante em algumas de suas obras, como o Museu do Louvre de Paris. Hoje lembramos a história deste famoso arquiteto que recebeu a Medalha de Ouro do AIA em 1979 e o Pritzker em 1983.

Nascido na China, aos 17 anos ele se mudou para os Estados Unidos para estudar arquitetura no MIT, onde graduou-se. Em 1940, é admitido em Harvard como professor assistente, estabelecendo assim  contato com um dos fundadores da Bauhaus, Walter Gropius e com  Marcel Breuer, líder do movimento  das Belas Artes.
Por 10 anos ele trabalhou em Nova York para a Corporação de Desenvolvimento Imobiliário Webb e Knapp e, em seguida, em 1955, criou o seu próprio escritório I. M. Pei & Associates, que foi transformado em I. M. Pei & Partners em 1966 e Pei Cobb Freed & Partners, em 1989.
Cortesia de Pei Cobb Freed & Partners
Seu estilo pessoal começou a ser referente em edifícios como o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (1967), que combina um programa técnico e filosófico complexo com a extraordinária localização em site Rocky Mountain.
Suas obras posteriores incluem o National Gallery of Art, East Building (1978).
Cortesia de Usuario Flickr BAR Photography
The Morton H. Meyerson Symphony Center  (1989)
Cortesia de Pei Cobb Freed & Partners
Grand Louvre  (1989 -1993)
Cortesia de Pei Cobb Freed & Partners
Torre do Banco da China  (1989)
Cortesia de Pei Cobb Freed & Partners
Fragrant Hill Hotel  (1982) una de sus obras en China.
Cortesia de Usuario Flickr Dennis Wu_
Citar: Helm , Joanna . "Feliz aniversário I.M. Pei!" 26 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 27 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110822>

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Uma definição de arquitetura / Silvio Colin | ArchDaily Brasil


Uma definição de arquitetura / Silvio Colin

Sempre desejei comentar essa definição de arquitetura do Jorge Moreira. Ela me provoca há anos, desde que foi colocada em um grande painel no 5º andar do edifício da FAU,  na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro, onde leciono.
Vejo nela muitas coisas verdadeiras sobre as quais todo estudante deve refletir. É mais que uma definição de arquitetura. É também uma definição do papel do arquiteto na sociedade, pelo menos segundo um determinado ponto de vista, a romântica atitude modernista de uma época. Mas vejo também neste texto algumas dissonâncias, não do tipo criativo, resultante da inserção de notas estranhas aos acordes perfeitos, mas do tipo de dissonâncias resultante de cordas desafinadas. É isto que desejo comentar porque esse texto expressa muitos problemas vividos pelo arquiteto na relação com sua profissão e com o cliente.

FAU-UFRJ, definição de Jorge Moreira
Jorge Moreira tem uma posição singular na história da arquitetura carioca e brasileira. Um fundamentalista, muito ligado às lições teóricas de Le Corbusier dos anos 1920 e 30, e menos afeto à mudança de rumo de seu mestre após 1945, quando o discurso deste ficou menos falado e mais construído, menos racionalista e mais poético, menos purista e mais brutalista. Fazia restrições às pesquisas formais de Niemeyer e Reidy 1 e satisfazia-se com o fazer racionalista e as figuras geradas por Corbusier nos anos 1930. Sua grande obra foi, sem dúvida, a Cidade Universitária da então Universidade do Brasil, hoje UFRJ, e alguns de seus edifícios, hoje absurdamente descaracterizados, tanto formal quanto funcionalmente, como a Escola Politécnica, o Edifício da Faculdade de Arquitetura, o Instituto de Puericultura, e o Hospital das Clínicas, impiedosamente mutilado recentemente.
FAU-UFRJ, © CAU-RJ
Eis a definição
Para mim, fazer arquitetura é idealizar a obra visando a resolver, com intenção plástica, o problema proposto, de acordo com a época, os materiais e as possibilidades técnicas: analisando e considerando os fatores externos que nela influem; respeitando imposições e hábitos do meio: detalhando e articulando todos os elementos componentes e buscando sempre a verdade, quanto à finalidade e função, tanto na forma como no uso dos materiais.
A exigência de liberdade para projetar, mantenho até hoje. Ela não traduz o propósito de impor meu ponto da vista. Procuro, através do diálogo com o cliente, achar a solução adequada, que atenda a  suas aspirações, sem contudo fazer concessões contrárias aos princípios que, como arquiteto, me cabe defender.
Dou toda assistência à construção para que a obra seja realizada tal como a imaginara e, quando concluída, o cliente sinta seu desejo satisfeito e eu minha tarefa corretamente cumprida. Preocupo-me com a ambiência da obra projetada e sua significação no contexto em que será inserida: construída, passa a constituir um elemento da paisagem urbana, cuja harmonia deve ser assegurada. Por essa razão, todo arquiteto deve ter preocupação urbanística. De acordo com esse principio, tenho procurado, através de uma participação bastante ativa, colaborar no estabelecimento de regulamentações e normas urbanísticas que estruturem a cidade e orientem seu desenvolvimento, sem prejuízo da paisagem natural e dos testemunhos materiais da sua história, cujos remanescentes nos cabe preservar.
Jorge Machado Moreira
FAU-UFRJ, Hall principal
Para mim, fazer arquitetura é idealizar a obra visando a resolver, com intenção plástica, o problema proposto…
Uma sentença impossível de discutir, se se souber o que quer dizer “intenção plástica”. Sem dúvida é o que diferencia, ou diferenciava, o trabalho do arquiteto do engenheiro civil, para usar um corte que se fazia naquela época. Mas o que é exatamente “intenção plástica”. O autor não fala de “intenção estética”, pois a palavra estética (do grego aisthétós, ê, ón) refere-se à percepção pelos sentidos, algo sensível, e opõe-se à noética (do grego noétós,ê,ón), o que pode ser percebido pela inteligência. Tampouco fala de “intenção poética”, o que a meu ver seria mais adequado. É o que diríamos nos dias de hoje. Embora este termo se ligue à arte de fazer versos, no âmbito da filosofia, a palavra matriz, poiesis, não tem compromisso com a língua falada ou escrita, mas refere-se à atividade de criar ou fazer.2 Em uma visão estendida, do ponto de vista da linguística, atividade poética é todo fazer cujo objetivo seja o aprimoramento da forma da mensagem, e não seu conteúdo, canal, emissor ou receptor.[3. Cf. “Linguística e Poética” In: JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo. Cultrix, 1995, e CÂMARA, J. Mattoso. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1986, p. 103-4.]
De certa maneira. Moreira repete Lúcio Costa. “Arquitetura é a construção concebida com a intenção de ordenar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa.”3
Cidade Universitária na Ilha do Fundão, 1955-60, Jorge Moreira e equipe
Anteriormente ao século XX e, sobretudo, antes da entronização do Movimento Moderno, falava-se de beleza ­– a Venustas de Vitrúvio. É nesta direção, vitruviana, que vai a definição de Morales de los Rios4: “A arquitetura é a arte, ciência e a técnica de conceber, projetar e erigir edifícios com utilidade e beleza.”
Mas Jorge Moreira, assim como muitos arquitetos modernistas que enveredavam no terreno das definições, preferiam o anódino termo “plástico”, que se refere à arte de plasmar, de modelar, como ensinam os dicionários, e não quer dizer absolutamente nada relacionado à obra de Moreira. Talvez pudéssemos dizer, metaforicamente, que certas obras de Eric Mendelsson, ou de Niemeyer, fossem “plasmadas”, isto é, tiravam proveito da plasticidade do concreto armado. Mas certamente o termo não se aplica aos edifícios de Jorge Moreira, extremamente racionalizados, modulados, retilíneos e ortogonais.
Mas em uma época em que estava esvaziada a busca do “belo”, esse eufemismo era então utilizado para se referir a qualidades que não eram afetas apenas à lógica, ou à técnica. Mas quem viveu e projetou nos anos 1960 e 1970 sabia que se tratava de um termo dúbio.
Instituto de Puericultura, UFRJ, 1950-66
de acordo com a época, os materiais e as possibilidades técnicas: analisando e considerando os fatores externos que nela influem; respeitando imposições e hábitos do meio…
Esse é um trecho surpreendente. Tirando a obviedade da primeira sentença, pois não existe arquitetura possível sem o acatamento das possibilidades técnicas de um local e uma época, nunca foi preocupação dos nossos vanguardistas o respeito aos hábitos do meio, muito pelo contrário. Não é à toa que aquela arquitetura praticada por Moreira veio a se chamar “Estilo Internacional.”
…buscando sempre a verdade, quanto à finalidade e função, tanto na forma como no uso dos materiais.
Nesta parte aparece um dado idealista importante: a busca da verdade. E mais, onde buscá-la: na finalidade e na função, envolvendo nesta busca a “forma” e o uso dos materiais. Não está clara aí a diferença entre finalidade e função; deve ser a mesma coisa. E neste ponto Moreira deixa de ser apenas corbusiano de primeira hora, mas fala como um bom bauhausiano, quando parece acreditar que a “função” do objeto praticamente poderia ser esgotada ao nível de uma utilidade primária, explícita. Não dando muita importância a questões de significado. Este significado e a consequente absorção do objeto pela cultura se realiza, de acordo com os próceres da Bauhaus, na sua exata relação com o mundo real e com as necessidades do homem e apenas se daria no plano tecnológico.5
FAU-UFRJ, 1955, Jorge Moreira
A exigência de liberdade para projetar, mantenho até hoje. Ela não traduz o propósito de impor meu ponto da vista. Procuro, através do diálogo com o cliente, achar a solução adequada, que atenda a suas aspirações…
Esse é um dos trechos que a mim me parece mais estranho. Primeiramente porque vejo aí um pouco de bravata. Não que eu duvide de que ele tenha sabido manter esta liberdade para projetar. Acredito que sim, sobretudo por que a sua grande obra, a Cidade Universitária, tenha tido um aval autoritário, eco e consequência da realização do Ministério da Educação e Saúde, sob a égide do Estado Novo, para a qual não precisaria muito desgaste para manter essa liberdade. Depois, porque, ironicamente, Moreira usava essa “liberdade” de maneira muito parcimoniosa, eu diria mesmo com puritanismo.
Mas eu vejo nesta frase também ecos de um embate que envolveu os arquitetos das vanguardas modernas. É que o Movimento Moderno não era do gosto do público. Apenas os arquitetos e artistas defendiam a dieta de absoluta continência formal a que os arquitetos se submetiam. Se os arquitetos e artistas oitocentistas falavam a mesma língua do seu público, já no século XX, aqueles julgavam ter um código formal mais elevado que o seu público, e este deveria elevar-se para compreender a arte e a arquitetura que os modernistas praticavam. Não foi sem muitas batalhas, muita discussão, muita luta, que os arquitetos conseguiram, senão convencer o público, pelo menos fazê-lo acatar suas soluções.
Mas eu acreditaria mais se estivesse escrito que a exigência de liberdade de projetar traduz, sim, o propósito de impor um ponto de vista, e o diálogo com o cliente era apenas uma parte inevitável deste processo, nem sempre muito amistosa.
FAU-UFRJ, Jorge Moreira
…sem contudo fazer concessões contrárias aos princípios que, como arquiteto, me cabe defender.
Essa parte é uma das mais indiscutíveis e verdadeiras. Não somente porque  os modernistas acreditavam ter uma grande missão social e uma rígida carta de princípios estéticos6, mas também Jorge Moreira realmente se empenhava em defender estes princípios e, como diz, colaborar no estabelecimento de regulamentações, tendo sido vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) por quatro vezes, 1953 a 1965.
…colaborar no estabelecimento de regulamentações e normas urbanísticas que estruturem a cidade e orientem seu desenvolvimento, sem prejuízo da paisagem natural e dos testemunhos materiais da sua história, cujos remanescentes nos cabe preservar.
É também bastante estranho fazer parte deste registro de intenções a luta para preservar os testemunhos materiais da história, cujos remanescentes nos cabe preservar, pois sabemos que os modernistas não foram bem por aí, muito pelo contrário, sobretudo no que se refere ao tecido edificado nas últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX.
Referência: Coisas da Arquitetura.
Silvio Colin é Arquiteto e Urbanista (FAU-UFRJ, 1970), doutor em Teoria e História (PROARQ-FAU-UFRJ, 2010) e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro no Departamento de Projeto de Arquitetura.
  1. BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2003, p. 243.
  2. RUNES, Dagobert. D. Dicionário de Filosofia. Lisboa: Presença, 1990.
  3. CORONA, Eduardo e LEMOS. Carlos A. C. Dicionário da Arquitetura Brasileira. São Paulo: Edart, 1972, p. 54.
  4. MORALES DE LOS RIOS Filho. Adolfo. Teoria e filosofia da arquitetura. Rio de Janeiro : Borsoi, 1960, p. 25.
  5. Cf. BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 1989, p. 219.
  6. Ver neste blog o artigo “A poética maquinista” de 20/03/2011.
Citar: Fracalossi , Igor . "Uma definição de arquitetura / Silvio Colin" 25 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 26 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/108918>

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Clássicos da Arquitetura: Orfanato de Amsterdã / Aldo van Eyck | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Orfanato de Amsterdã / Aldo van Eyck

O orfanato é concebido como um nó urbano descentralizado, com diversos pontos de interação dentro do plano. Imagina-se um desenvolvimento urbano não hierárquico, com diferentes possibilidades espaciais.
© CCA Mellon Lectures
O programa consisti num orfanato para crianças de todas as idades, incluindo quartos, uma cozinha, lavanderia, ginásio, biblioteca e um espaço administrativo.
Planta
O plano segue dois módulos, uma menor para os quartos, e um maior para os espaços comuns. Os módulos consistem em quatro colunas nos cantos, e uma cobertura pré-fabricada em cúpula. O concreto também está presente no piso, e o tijolo reveste as fachadas num jogo com panos de vidro.
© CCA Mellon Lectures
Um grande jardim se conforma diagonalmente aos espaços residenciais. A entrada e a área administrativa são conectadas à rua, ao jardim e também aos quartos.
© CCA Mellon Lectures
Dentro do orfanato, as unidades de programa são dispostas ortogonalmente. Dois caminhos diagonais são conformados pela malha ortogonal para que cada unidade tenha diferentes fachadas. A presença dos cheios é igual a dos vazios.
© CCA Mellon Lectures
Sem um ponto central no plano, buscava-se uma conexão fluída entre os espaços, sem qualquer diferenciação de importância entre espaços.
© CCA Mellon Lectures

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Aldo van Eyck
  • Ano: 1960
  • Endereço: Amsterdã, Holanda Amsterdã Holanda
  • Estrutura: Concreto

Equipe:

Arquiteto: Aldo van Eyck
Referências: CCA Mellon Lectures

Localização aproximada

Clássicos da Arquitetura: Orfanato de Amsterdã / Aldo van Eyck

Amsterdã, Holanda, Amsterdã, Holanda
Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Orfanato de Amsterdã / Aldo van Eyck" 24 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 25 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/108938>

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Fronteiras do Pensamento Entrevista: Cameron Sinclair | ArchDaily Brasil

Selecionados


Fronteiras do Pensamento Entrevista: Cameron Sinclair

 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zNp4SOIxce4

A figura de Cameron Sinclair rompe com a convencional aspiração do arquiteto tradicional de construir super edifícios ícones.Desde que era um estudante até hoje o criador de Architecture for Humanity trabalha em mais de  25 países.
Sinclair compreende a arquitetura como uma disciplina aberta que é capaz de entregar soluções profissionais em situações de catástrofe e também em comunidades carentes de países de terceiro mundo.
Nesta  interessante entrevista para o evento Fronteiras do Pensamento Cameron nao só nos explica a missão e a visão de  Architecture for Humanity, mas também questiona temas relevantes no debate sobre os caminhos da arquitetura atual e a situação do ensino da disciplina.
Citar: Helm , Joanna . "Fronteiras do Pensamento Entrevista: Cameron Sinclair" 23 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 24 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/110359>

domingo, 21 de abril de 2013

“East Side Gallery”: A seção do muro de Berlim que os cidadãos não querem derrubar | ArchDaily Brasil


“East Side Gallery”: A seção do muro de Berlim que os cidadãos não querem derrubar

Por Constanza Martínez Gaete. Via Palataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
Há duas décadas o mesmo muro de Berlim que separava os alemães, há algumas semanas, parte deste, conhecida como a East Side Gallery, os manteve mais próximos do que nunca. Com seus 1316 metros e mais de 100 murais pintados por artistas de diferentes países, a East Side Gallery, localizada no distrito de Friedrichshain-Kreuzberg, em Berlim, é reconhecida como a galeria de arte ao ar livre mais extensa do mundo.

Imagem via plataformaurbana.cl
Criada em 1989, sobre uma seção remanescente do Muro de Berlim, foi mantida como um símbolo de protesto contra a proibição das pinturas do lado oriental do muro. No entanto, o projeto do grupo de investimentos Living Bauhaus, composto por um hotel e 36 apartamentos exclusivos, permanece como ameaça a 50 metros da galeria.
Imagem via plataformaurbana.cl
Em 28 de fevereiro, dia em que estava programado o início dos trabalhos e a demolição, os cidadãos fizeram uma corrente humana em frente ao setor que fora requerida derrubada. Até 200 manifestantes chegaram ao local e conseguiram adiar o colapso. Até agora, o proprietário da empresa imobiliária, Maik Uwe Hinkel, disse em um comunicado de imprensa que “ao contrário do que alguns meios de comunicação atestam a East Side Gallery não será afetada pelo edifício projetado”.
Imagem via plataformaurbana.cl
No entanto, a demolição de 50 metros do muro é justificável, de acordo com a empresa, pois a cidade exige a construção de uma saída de emergência através do parque, onde será inserido o edifício projetado.
Imagem via plataformaurbana.cl
A descrição do projeto pela empresa imobiliária diz que “o projeto, de 63 metros de altura, será construído na Rua Muhlenstrasse 60, no popular bairro de Friedrichshain, perto dos trechos preservados do Muro de Berlim, na conhecida East Side Gallery.”
Imagem via plataformaurbana.cl
O pintor Francês, Thierry Noir, foi um dos artistas que moldaram a galeria com seus rostos longos e afirmou: “Eu acho insuportável ver que o Muro será demolido de maneira simplesmente brutal”.
Imagem via plataformaurbana.cl
Citar: Delaqua , Victor . "“East Side Gallery”: A seção do muro de Berlim que os cidadãos não querem derrubar" 20 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 21 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/109268>

Clássicos da Arquitetura: Hiroshima Peace Center e Memorial Park / Kenzo Tange | ArchDaily Brasil


Clássicos da Arquitetura: Hiroshima Peace Center e Memorial Park / Kenzo Tange

  • Arquitetos: Kenzo Tange
  • Ano Projeto: 1955
  • Localização: Hiroshima, Japão, Hiroshima-shi, Hiroshima Prefecture, Japão
Nos dois percussos que levam à praça do edifício, a perspectiva simétrica é ponto fundamental em suas configurações. Num deles, o espelho d’água, que abriga na sua extremidade uma escultura em arco. No outro, um extenso percurso tem como vista o edifício em toda sua extensão e uma fonte no centro ao fundo.
© Flickr faithmonsoon
© Flickr hairyeggg
O parque que leva ao memorial abriga um extenso espelho d’água que acompanha o percurso até a praça seca onde está implantado o volume retangular elevado sobre pilotis.
© Flickr Joost Strootman
O volume, todo em concreto aparente, apresenta fachadas moduladas e grandes panos de vidros que vão de uma extremidade a outra.
© Flickr hairyeggg
Os grandes pilotis caem sobre a praça seca e conferem ao nível do pedestre toda a monumentalidade conferida ao volume de concreto.
© Flickr skidsk
No seu interior, o edifício abriga um museu que leva o visitante à catástrofe de 1945.
© Flickr RinzeWind
Entre as construções modernas japonesas construídas nos anos 50, o edifício de Tange é um dos poucos que não foi demolido.

Ficha técnica:

  • Arquitetos: Kenzo Tange
  • Ano: 1955
  • Endereço: Hiroshima, Japão Hiroshima-shi Japão
  • Tipo de projeto: Público
  • Status: Construído
  • Materialidade: Concreto
  • Estrutura: Concreto
  • Localização: Hiroshima, Japão, Hiroshima-shi, Japão
  • Implantação no terreno: Isolado

Localização aproximada

Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Citar: Fracalossi , Igor . "Clássicos da Arquitetura: Hiroshima Peace Center e Memorial Park / Kenzo Tange" 20 Apr 2013. ArchDaily. Accessed 21 Apr 2013. <http://www.archdaily.com.br/108678>